1 - OK - Atividade Aula 1 - A propaganda de 1980 a 1930 (João Vithor Alves de Freitas)

A propaganda de 1980 a 1930


Até o ano de 1900, as propagandas no Brasil baseavam-se em temas como compra e venda de móveis e até de escravos. Alguns nomes daqueles anos ainda nos são familiares, como os Pós da Pérsia, o Bálsamo Maravilhoso, Unguento Santo, o óleo de Fí­gado Bacalhau, o Licor de Alcatrão e a Magnésia Fluida. Textos, que eram feitos por poetas como Olavo Bilac, eram muito extensos, mas pouco a pouco foram sendo reduzidos e tornaram-se mais objetivos. Um outro hábito da época era a utilização de polí­ticos em muitas propagandas. Desde o iní­cio do século, como atualmente, as últimas capas das revistas eram muito concorridas.
O primeiro anúncio em um jornal foi publicado na Gazeta do Rio de Janeiro no ano de 1808, era sobre a venda de uma casa e o estilo de anunciar usado foi parecido dos que ecoam nos pregões, o de “quem quiser” e “quem quer comprar”, lembrando até os vendedores ambulantes dos nossos dias.



No começo do século, surgem as revistas, que se diferencia do jornal, pois este surgiu pela luta polí­tica, e a revista surge com a finalidade de promover anúncios. Algumas revistas como Vida Paulista e Arara, pequenas, foram revistas publicadas em São Paulo durante anos que se mantiveram graças a anunciantes locais.
Vida Paulista era um semanário ilustrado, sua página central era dedicada a caricaturas, havia também notas sociais, tópicos polí­ticos e sonetos em seu conteúdo, seu padrão técnico em sete cores, nitidamente impresso era um atestado valioso do progresso das artes gráficas em São Paulo. Isso fez com que no Rio de Janeiro o jornal O Malho aumentasse a sua tabela de preços fundamentando que levava prejuí­zos, pois o aumento tecnológico utilizado na edição dos jornais e revistas necessitava de um acompanhamento por parte dos preços. 
A partir de 1900, com o surgimento da Revista Semana, inicia-se uma nova fase com uma linguagem menos agressiva, atualidades e preocupações literárias. Também surgiram as revistas Arara e Vida Paulista, que se mantinham através das propagandas. Muitos nomes tornaram-se conhecidos nesta época pelos anúncios em grande escala: Drogaria J. Amarante, Charutaria do Comércio, Vinho Baruel, Antarctica, Loteria São Paulo e também a Papelaria Duprat, o Polytheama, a Chapelaria Alberto e a Leiteria Mandaqui. Além das peças publicitárias coloridas mostrando vinhos, cabeleiras postiças, corpetes, cigarros e teatros de variedades, anúncios de remédios avolumavam-se cada vez mais.


Em 1913 ou 1914, nasce a primeira agencia de publicidade, na verdade não foi uma agencia desde o começo, era uma firma que evolui no sentido da publicidade e logo se transforma em agencia. Segundo Júlio Cosi, nos começos da Eclética “os jornais eram quase os mesmos de hoje, mas extremamente pobres em publicidade”a década de 1920, vários temas foram abordados, em 22, propagandas sobre sabonete mostravam com nitidez a preocupação com a beleza e a estética. Em 1926 fica mais explí­cito esse lado de preocupação com a estética com os primeiros anúncios sobre moda. Neste mesmo ano, pode-se perceber a presença cada vez mais acentuada das empresas norte-americanas. Com a vinda das marcas, também chegavam ao paí­s a técnica norte-americana de propaganda comercial, neste ano a GM tem seu próprio departamento de propaganda com funcionários. Ao longo do tempo essa pequena oficina de publicidade da GM soube compreender as necessidades crescentes, procurou aparelhar-se, aumentar em eficiência e perfeição. Investiu, foi ajudada. A atual gráfica Lanzara.


 A crise de 1929 e as Revoluções de 1930 e 1932 foram acontecimentos que segundo Júlio Cosi não só abalaram a economia e a vida do país, mas que também paralisaram a propaganda totalmente, bem na passagem do perí­odo de especialização (começo das agências), para a importação de modelos mais evoluídos. A propaganda no Brasil começou antes das necessidades do mercado e antecipou-se ao período que eclodiram as técnicas e a industrialização - A Revolução de 1932 foi a implantadora da indústria no país - foram palavras de Aldo Xavier, publicitário que esclarece este perí­odo de transição. Antes dessas comoções, as tentativas resultavam sempre em falhas










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